Dias de crise no Brasil e dias de crise em Nosso Lar (Colônia Espiritual)
Como é de conhecimento geral, vive hoje o Brasil momentos de crise política, idéias divergentes confrontando-se, mudanças e transformações a caminho e um futuro próximo cheio de incertezas, causando angústias, aflições e preocupações a todos que aqui se encontram.
E diante deste momento sombrio, não raro é encontrarmos pessoas desejando não estarem no Brasil, ou até mesmo desejarem estar em lugares mais espiritualizados, como por exemplo, a colônia espiritual "Nosso Lar".
Entretanto, vale lembrar que cada um de nós está no momento certo, no local certo e na hora certa, de acordo com a Providência Divina para o nosso aprimoramento moral e evolução espiritual.
Em todo lugar, para haver a paz, harmonia e progresso, muitas vezes há a necessidade de se passar por momentos de crise, onde até mesmo a cidade espiritual "Nosso Lar" também passou por momentos de crise tamanha, que envolvia problemas na alimentação e tal impasse durou 30 anos até que a bonança (paz) pudesse finalmente se fazer presente
(Para maiores detalhes, leia o livro "Nosso Lar", capítulo 9)
E se até mesmo "Nosso Lar" passou por momentos de crise, porque o Brasil haveria de ser exceção neste processo de mudanças e transformações?
Independentemente dos pontos de vista políticos de cada um, é preciso levar-se em conta que, de alguma forma, todos buscam o bem, o melhor, aquilo que entendem como justo e correto, mesmo que tais pontos de vista estejam equivocados e somente no futuro venha a percepção de tais erros.
Contudo, para aqueles pessimistas que temem que a crise faça com que a frente vencedora de tais divergências (independentemente de quem vença) venha a trazer o caos, a dor e o sofrimento, vale lembrar que tudo há uma razão de ser e confiante na própria espiritualidade que menciona o Brasil como "coração do mundo e pátria do Evangelho", como poderemos chegar a este ponto se continuarmos agindo, pensando e funcionando da mesma forma de sempre (sem mudanças)?
Uma nova consciência começa a despertar numa população até então omissa diante dos fatos, assim como espíritos com valores de ordem moral começam a surgir no cenário nacional afim de combater aqueles que ainda carecem de tal evolução neste sentido.
E, sem dúvida alguma, mudanças trazem conflitos e frequentemente nos tiram de nossa zona de conforto, que tanto gostamos e nos sentimos seguros, porém quando torna-se necessária a transformação, chega o momento de efetivamente arregaçarmos as mangas e seguirmos firmes no trabalho, focando-nos em tais transformações e elevando nosso Brasil com os valores do amor, do perdão, da fé e da caridade, de acordo com as lições do Mestre Jesus, que mostrou-nos que é possível agirmos com tais qualidades, sem necessariamente deixarmos de ser firmes em nossas ações.
Que Jesus nos acompanhe nesta transição e que participemos de todo este processo, todos juntos, com fé em Deus e confiantes de , em breve, vermos nosso Brasil efetivamente na real condição de "coração do mundo e pátria do Evangelho".
Muita luz e paz
Mensagem enviada pelo Espírito Heráclito em 21/03/2016, às 22:04
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Livro Nosso Lar, capítulo 9 :
PROBLEMA DE ALIMENTAÇÃO
Enlevado na visão dos jardins prodigiosos, pedi ao dedicado enfermeiro para descansar alguns minutos num banco próximo. Lísias anuiu
de bom grado.
Agradável sensação de paz me felicitava o espírito. Caprichosos repuxos de água colorida ziguezagueavam no ar, formando figuras
encantadoras.
- Quem observa esta colmeia imensa de serviço - ponderei - é induzido
a examinar numerosos problemas. E o abastecimento? Não tenho notícia de um Ministério da Economia...
- Antigamente - explicou o paciente interlocutor - os serviços dessa natureza assumiam feição mais destacada. Deliberou, porém, o atual
Governador atenuar todas as expressões de vida que nos recordassem os fenômenos puramente materiais. As atividades de abastecimento ficaram, assim, reduzidas a simples serviço de distribuição, sob o controle direto da Governadoria. Aliás, a providência constitui medida das mais benéficas.
Rezam os anais que a colônia, há um século, lutava com extremas dificuldades para adaptar os habitantes às leis da simplicidade. Muitos
recém-chegados ao "Nosso Lar" duplicavam exigências. Queriam mesas lautas, bebidas excitantes, dilatando velhos vícios terrenos. Apenas o Ministério da União Divina ficou imune de tais abusos, pelas características que lhe são próprias; no entanto, os demais viviam sobrecarregados de angustiosos problemas dessa ordem.
O Governador atual, todavia, não poupou esforços. Tão logo assumiu obrigações administrativas, adotou providências justas. Antigos
missionários, daqui, puseram-me ao corrente de curiosos acontecimentos.
Disseram-me que, a pedido da Governadoria, vieram duzentos instrutores de uma esfera muito elevada, a fim de espalharem novos conhecimentos, relativos à ciência da respiração e da absorção de princípios vitais da atmosfera. Realizaram-se assembléias numerosas. Alguns colaboradores técnicos de "Nosso Lar" manifestavam-se contrários, alegando que a cidade é de transição e que não seria justo, nem possível, desambientar imediatamente os homens desencarnados, mediante exigências desse teor, sem grave perigo para suas organizações espirituais.
O Governador, contudo, não desanimou. Prosseguiram as reuniões, providências e atividades, durante trinta anos consecutivos. Algumas entidades eminentes chegaram a formular protestos de caráter público, reclamando. Por mais de dez vezes, o Ministério do Auxílio esteve superlotado de enfermos, onde se
confessavam vítimas do novo sistema de alimentação deficiente. Nesses períodos, os opositores da redução multiplicavam acusações. O
Governador, porém, jamais castigou alguém. Convocava os adversários da medida a palácio e expunha-lhes, paternalmente, os projetos e finalidades
do regime; destacava a superioridade dos métodos de espiritualização, facilitava aos mais rebeldes inimigos do novo processo variadas excursões
de estudo, em planos mais elevados que o nosso, ganhando, assim, maior número de adeptos.
Ante pausa mais longa, reclamei, interessado:
- Continue, por favor, meu caro Lísias. Como terminou a luta edificante?
- Depois de vinte e um anos de perseverantes demonstrações, por parte da Governadoria, aderiu o Ministério da Elevação, passando a
abastecer-se apenas do indispensável. O mesmo não aconteceu com o Ministério do Esclarecimento, que demorou muito a assumir compromisso, em vista dos numerosos espíritos dedicados às ciências matemáticas, que ali trabalham. Eram eles os mais teimosos adversários. Mecanizados nos processos de proteínas e carboidratos, imprescindíveis aos veículos físicos, não cediam terreno nas concepções correspondentes daqui. Semanalmente, enviavam ao Governador longas observações e advertências, repletas de análises e numerações, atingindo, por vezes, a imprudência. O velho governante, contudo, nunca agiu por si só. Requisitou assistência de nobres mentores, que nos orientam através do Ministério da União Divina, e jamais deixou o menor boletim de esclarecimento sem exame minucioso. Enquanto argumentavam os cientistas e a Governadoria contemporizava, formaram-se perigosos distúrbios no antigo Departamento de Regeneração, hoje transformado em Ministério. Encorajados pela rebeldia dos cooperadores do Esclarecimento, os espíritos menos elevados que ali se recolhiam entregaram-se a condenáveis manifestações. Tudo isso provocou enormes cisões nos órgãos coletivos de "Nosso Lar", dando ensejo a perigoso
assalto das multidões obscuras do Umbral, que tentaram invadir a cidade, aproveitando brechas nos serviços de Regeneração, onde grande número de
colaboradores entretinha certo intercâmbio clandestino, em virtude dos vícios de alimentação. Dado o alarme, o Governador não se perturbou.
Terríveis ameaças pairavam sobre todos. Ele, porém, solicitou audiência ao Ministério da União Divina e, depois de ouvir o nosso mais alto Conselho, mandou fechar provisoriamente o Ministério da Comunicação, determinou funcionassem todos os calabouços da Regeneração, para isolamento dos
recalcitrantes, advertiu o Ministério do Esclarecimento, cujas impertinências suportou mais de trinta anos consecutivos, proibiu temporariamente os
auxílios às regiões inferiores, e, pela primeira vez na sua administração, mandou ligar as baterias elétricas das muralhas da cidade, para emissão de
dardos magnéticos a serviço da defesa comum. Não houve combate, nem ofensiva da colônia, mas resistência resoluta. Por mais de seis meses, os
serviços de alimentação, em "Nosso Lar", foram reduzidos à inalação de princípios vitais da atmosfera, através da respiração, e água misturada a
elementos solares, elétricos e magnéticos. A colônia ficou, então, sabendo o que vem a ser a indignação do espírito manso e justo. Findo o período mais agudo, a Governadoria estava vitoriosa. O próprio Ministério do Esclarecimento reconheceu o erro e cooperou nos trabalhos de reajustamento. Houve, nesse comenos, regozijo público e dizem que, em meio da alegria geral, o Governador chorou sensibilizado, declarando que a
compreensão geral constituía o verdadeiro prêmio ao seu coração. A cidade voltou ao movimento normal. O antigo Departamento da Regeneração foi convertido em Ministério. Desde então, só existe maior suprimento de substâncias alimentícias que lembram a Terra, nos Ministérios da Regeneração e do Auxílio, onde há sempre grande número de necessitados. Nos demais há somente o indispensável, isto é, todo o serviço de alimentação obedece a inexcedível sobriedade. Presentemente, todos reconhecem que a suposta impertinência do Governador representou
medida de elevado alcance para nossa libertação espiritual. Reduziu-se a expressão física e surgiu maravilhoso coeficiente de espiritualidade.
Lísias silenciou e eu me entreguei a profundos pensamentos sobre a grande lição.
de bom grado.
Agradável sensação de paz me felicitava o espírito. Caprichosos repuxos de água colorida ziguezagueavam no ar, formando figuras
encantadoras.
- Quem observa esta colmeia imensa de serviço - ponderei - é induzido
a examinar numerosos problemas. E o abastecimento? Não tenho notícia de um Ministério da Economia...
- Antigamente - explicou o paciente interlocutor - os serviços dessa natureza assumiam feição mais destacada. Deliberou, porém, o atual
Governador atenuar todas as expressões de vida que nos recordassem os fenômenos puramente materiais. As atividades de abastecimento ficaram, assim, reduzidas a simples serviço de distribuição, sob o controle direto da Governadoria. Aliás, a providência constitui medida das mais benéficas.
Rezam os anais que a colônia, há um século, lutava com extremas dificuldades para adaptar os habitantes às leis da simplicidade. Muitos
recém-chegados ao "Nosso Lar" duplicavam exigências. Queriam mesas lautas, bebidas excitantes, dilatando velhos vícios terrenos. Apenas o Ministério da União Divina ficou imune de tais abusos, pelas características que lhe são próprias; no entanto, os demais viviam sobrecarregados de angustiosos problemas dessa ordem.
O Governador atual, todavia, não poupou esforços. Tão logo assumiu obrigações administrativas, adotou providências justas. Antigos
missionários, daqui, puseram-me ao corrente de curiosos acontecimentos.
Disseram-me que, a pedido da Governadoria, vieram duzentos instrutores de uma esfera muito elevada, a fim de espalharem novos conhecimentos, relativos à ciência da respiração e da absorção de princípios vitais da atmosfera. Realizaram-se assembléias numerosas. Alguns colaboradores técnicos de "Nosso Lar" manifestavam-se contrários, alegando que a cidade é de transição e que não seria justo, nem possível, desambientar imediatamente os homens desencarnados, mediante exigências desse teor, sem grave perigo para suas organizações espirituais.
O Governador, contudo, não desanimou. Prosseguiram as reuniões, providências e atividades, durante trinta anos consecutivos. Algumas entidades eminentes chegaram a formular protestos de caráter público, reclamando. Por mais de dez vezes, o Ministério do Auxílio esteve superlotado de enfermos, onde se
confessavam vítimas do novo sistema de alimentação deficiente. Nesses períodos, os opositores da redução multiplicavam acusações. O
Governador, porém, jamais castigou alguém. Convocava os adversários da medida a palácio e expunha-lhes, paternalmente, os projetos e finalidades
do regime; destacava a superioridade dos métodos de espiritualização, facilitava aos mais rebeldes inimigos do novo processo variadas excursões
de estudo, em planos mais elevados que o nosso, ganhando, assim, maior número de adeptos.
Ante pausa mais longa, reclamei, interessado:
- Continue, por favor, meu caro Lísias. Como terminou a luta edificante?
- Depois de vinte e um anos de perseverantes demonstrações, por parte da Governadoria, aderiu o Ministério da Elevação, passando a
abastecer-se apenas do indispensável. O mesmo não aconteceu com o Ministério do Esclarecimento, que demorou muito a assumir compromisso, em vista dos numerosos espíritos dedicados às ciências matemáticas, que ali trabalham. Eram eles os mais teimosos adversários. Mecanizados nos processos de proteínas e carboidratos, imprescindíveis aos veículos físicos, não cediam terreno nas concepções correspondentes daqui. Semanalmente, enviavam ao Governador longas observações e advertências, repletas de análises e numerações, atingindo, por vezes, a imprudência. O velho governante, contudo, nunca agiu por si só. Requisitou assistência de nobres mentores, que nos orientam através do Ministério da União Divina, e jamais deixou o menor boletim de esclarecimento sem exame minucioso. Enquanto argumentavam os cientistas e a Governadoria contemporizava, formaram-se perigosos distúrbios no antigo Departamento de Regeneração, hoje transformado em Ministério. Encorajados pela rebeldia dos cooperadores do Esclarecimento, os espíritos menos elevados que ali se recolhiam entregaram-se a condenáveis manifestações. Tudo isso provocou enormes cisões nos órgãos coletivos de "Nosso Lar", dando ensejo a perigoso
assalto das multidões obscuras do Umbral, que tentaram invadir a cidade, aproveitando brechas nos serviços de Regeneração, onde grande número de
colaboradores entretinha certo intercâmbio clandestino, em virtude dos vícios de alimentação. Dado o alarme, o Governador não se perturbou.
Terríveis ameaças pairavam sobre todos. Ele, porém, solicitou audiência ao Ministério da União Divina e, depois de ouvir o nosso mais alto Conselho, mandou fechar provisoriamente o Ministério da Comunicação, determinou funcionassem todos os calabouços da Regeneração, para isolamento dos
recalcitrantes, advertiu o Ministério do Esclarecimento, cujas impertinências suportou mais de trinta anos consecutivos, proibiu temporariamente os
auxílios às regiões inferiores, e, pela primeira vez na sua administração, mandou ligar as baterias elétricas das muralhas da cidade, para emissão de
dardos magnéticos a serviço da defesa comum. Não houve combate, nem ofensiva da colônia, mas resistência resoluta. Por mais de seis meses, os
serviços de alimentação, em "Nosso Lar", foram reduzidos à inalação de princípios vitais da atmosfera, através da respiração, e água misturada a
elementos solares, elétricos e magnéticos. A colônia ficou, então, sabendo o que vem a ser a indignação do espírito manso e justo. Findo o período mais agudo, a Governadoria estava vitoriosa. O próprio Ministério do Esclarecimento reconheceu o erro e cooperou nos trabalhos de reajustamento. Houve, nesse comenos, regozijo público e dizem que, em meio da alegria geral, o Governador chorou sensibilizado, declarando que a
compreensão geral constituía o verdadeiro prêmio ao seu coração. A cidade voltou ao movimento normal. O antigo Departamento da Regeneração foi convertido em Ministério. Desde então, só existe maior suprimento de substâncias alimentícias que lembram a Terra, nos Ministérios da Regeneração e do Auxílio, onde há sempre grande número de necessitados. Nos demais há somente o indispensável, isto é, todo o serviço de alimentação obedece a inexcedível sobriedade. Presentemente, todos reconhecem que a suposta impertinência do Governador representou
medida de elevado alcance para nossa libertação espiritual. Reduziu-se a expressão física e surgiu maravilhoso coeficiente de espiritualidade.
Lísias silenciou e eu me entreguei a profundos pensamentos sobre a grande lição.
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